Caros, estamos passando por uma situação parecida com o CRUSP aqui em São Carlos. Nossa Autogestão está sendo ameaçada pela COSEAS. Estamos em luta!
Há 42 anos os moradores do alojamento estudantil do Campus de São Carlos participam do processo seletivo para as bolsas moradias (alojamento e auxílio-moradia) através de uma comissão formada por 5 moradores do Alojamento, eleitos em assembléia geral do Aloja, 4 professores (um de cada unidade) e a assistente social do campus. A eleição dos membros feita em assembléia faz com que estes não respondam a vontades individuais e sim às necessidades do conjunto de estudantes que representam e os elegeram.
Na USP existe um órgão denominado COSEAS (Coordenadoria de Serviço e Assistência Social). É recorrente na história do alojamento as tentativas de intervenções da Coordenadoria do Campus e da COSEAS em nosso processo seletivo, tentando tomá-lo para si. Neste ano, mais uma vez, isso está ocorrendo.
Na última reunião do Conselho Gestor do Campus, realizada dia 24/02, foi deliberado pela exclusão dos alunos do processo seletivo das moradias. Sem buscar em momento algum o diálogo com o alojamento, a reunião foi conduzida de forma extremamente autoritária, como tem sido recorrente e de forma mais intensificada, desde a criação do Conselho com a mudança da Prefeitura do Campus em Coordenadoria.
Entretanto, essa Autogestão que abriga todas as pessoas que precisam de moradia, mesmo que o número de vagas seja menor que a demanda, corre o risco de ser dizimada e substituída pelo COSEAS, órgão que não conhece o dia-a-dia dos estudantes e que aplicará um processo seletivo baseado em critérios não justos na opinião dos moradores.
Dentre as mudanças, intensificadoras da desigualdade social, as que mais nos preocupam são a não recepção dos calouros no início do ano letivo, e sim, somente após o fim do processo, o que poderia levar alunos carentes à desistência do curso; disponibilidade de vagas menor que o necessário, o não acolhimento de pós-graduandos não bolsistas e de estrangeiros, além do tratamento diferenciado quanto à estipulação do prazo máximo para se concluir o curso, em relação aos demais alunos do Campus.
Outro fator muito preocupante é a forma autoritária como a Coordenadoria está agindo em relação a esse assunto e a retirada do direito à democracia e à formação cidadã dos moradores que a Autogestão do Alojamento proporciona.
Os moradores do Aloja, reunidos em Assembléia Geral do Alojamento, decidiram que realizarão normalmente o processo seletivo para o Alojamento e a Bolsa auxílio-moradia e não aceitarão outra lista, senão a que for feita pelos mesmos.
Dessa forma, pedimos o apoio de todos os alunos e dos demais alojamentos estudantis da USP para essa luta que não é só nossa, mas do Movimento Estudantil em geral, na medida em que luta pelo direito à educação com igualdade de condições para todos!
ALOJAMENTO USP SÃO CARLOS – AUTOGESTÃO – TERRITÓRIO LIVRE
Enviado por Camila na lista nacional da SENCE.danilo, feop/se
sencenne coord geral
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