A SENCE

A Secretaria Nacional de Casas de Estudantes é um movimento social autônomo, independente e apartidário (mas não antipartidário) que se organiza de forma horizontal (sem direções centralizadas) através de colegiado.

Formada nos encontros nacionais, composta pelas/os coordenadoras/es eleitas/os no encontro regional, sendo 05 representantes de cada região.

Composta por Coordenadoria: Administrativa; de Cultura; de Finanças; de Comunicação; de Política; e Diversidade.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Reuniões da SENCE

PErsonas, pessoas,!!!SENCE

Nós da Comunicação da SENCE tamo passando para deixar um recadinho importante:

A PRÓXIMA REUNIÃO DA SENCE.

É isso mesmo que vocês leram. Agora a SENCE tem reuniões com data marcada, segundo combinamos  no Pré-ENCE Recife, ficou acertado que teríamos um calendáro de reuniões  previamente  divulgado.

Então, povão se preparem que a próxima reunião virtual é no dia 27 de novembro às 15h, sábado.
 O calendário deixaremos em brvee pra vocÊs apreciarem e colocar perto da cama de vocÊs.

Postado por: Idayana Marinho (SENCE Comunicação)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

projeto de casa de estudante na UNIPAMPA/Campus Bagé

Projeto de Casa do Estudante Universitário e Centro de Cultura Social do Povo de Bagé

Apresentação
Projeto de Assistência Estudantil, de abrangência comunitária, elaborado coletivamente pelos estudantes e comunidade acadêmica do Campus Bagé da Universidade Federal do Pampa e apoiado pela Secretaria Executiva Nacional das Casas de Estudante, proposto e endereçado às instâncias e órgãos competentes, afim de o projeto ser institucionalizado.

Histórico
A UNIPAMPA é uma das novas instituições federais de ensino superior que estão sendo construídas por meio dos investimentos na expansão do ensino superior e na ampliação da pesquisa e da tecnologia no país. A instituição vai atender à metade sul do Rio Grande do Sul (Figura 1), região que concentra uma população de 2,6 milhões de pessoas, distribuída por 103 municípios. Esta região é caracterizada por uma economia de base agropecuária e está localizada na área de divisa com o Uruguai e a Argentina, constituindo-se, portanto, em local privilegiado para a implantação de projetos voltados para o Mercosul.

A UNIPAMPA foi criada pelo governo federal para minimizar o processo de estagnação econômica onde está inserida, entendendo que educação viabiliza o desenvolvimento regional, buscando ser um agente da definitiva incorporação da região ao mapa do desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Esta estagnação pode ser inferida através do PIB per capita de Bagé, de R$ 7.473,00, inferior à média do RS de R$ 13.310,00 e mesmo da média do Brasil, de R$ 11.658,00 (IBGE 2005).

O projeto de lei da criação da Universidade Federal do Pampa foi aprovado no Senado Federal no dia 18 de Dezembro de 2007, sendo sancionado pelo Presidente da República no 11 de Janeiro de 2008, e publicado no Diário Oficial do dia 14 de Janeiro de 2008. A partir desta data, a UNIPAMPA começa a existir juridicamente, sendo independente das universidades tutoras.

A sede da UNIPAMPA situa-se na cidade de Bagé, que possui 105 escolas de ensino fundamental e médio, sendo elas municipais, estaduais, federais ou particulares, atendendo cerca de 26.000 alunos, possuindo uma população que atinge cerca de 112.550 habitantes.

A UNIPAMPA - Bagé oferece os seguintes cursos: Engenharia de Produção, Engenharia de Alimentos, Engenharia Química, Engenharia da Computação, Engenharia de Energias Renováveis e de Ambientes, Licenciatura em Física, Licenciatura em Química, Licenciatura em Matemática, Licenciatura em Letras: Português/Inglês, Licenciatura em Letras: Português/Espanhol. E sinaliza a criação do curso de Licenciatura em Música.

As instalações provisórias da UNIPAMPA - Bagé são atualmente: no Colégio Frederico Petrucci, situado na Rua Carlos Barbosa, s/n, no Bairro Getúlio Vargas, Central de Laboratórios - Rua Bento Gonçalves, 430E, bairro Centro, Colégio Nossa Senhora Auxiladora - Avenida Marechal Floriano, 1335, bairro Centro, Escola Estadual de Ensino Fundamental Esther Ferreira Magalhães - Avenida Tupy Silveira, 2820 e Colégio São Pedro - Avenida Santa Tecla, 500, bairro Getúlio Vargas. Que será transferida para sua sede definitiva, a qual está sendo construída em uma área de 30 hectares, próxima à Vila Nova Esperança, nas imediações da entrada da cidade, pela BR 293 e Av. Santa Tecla, em 2010.

Apesar da importância que a UNIPAMPA representa para a reestruturação social e econômica da região, muito do seu potencial de transformação ainda está subutilizado. Alguns fatores contribuem para isto, em especial a discrepância que existe entre o conhecimento dominado por um aluno que sai do secundário e o aquele necessário para usufruir satisfatoriamente das disciplinas oferecidas na universidade. Esta lacuna tem sido manifestada pelos alunos e professores na UNIPAMPA. Este problema torna-se evidente quando se observa a baixa procura pelos cursos científicos e tecnológicos, que são a base da UNIPAMPA/Bagé, além dos índices de reprovação e evasão nas disciplinas técnico-científicas como um todo dentro destes cursos.

Para minimizar este problema, tem-se desenvolvido internamente na UNIPAMPA, diversos projetos de pesquisa, extensão e de ensino. Bem como a Bolsa Permanência para ajudar nos custos da formação.

Na conjuntura pós-ENEM-SISU, muitos estudantes de distintos estados e cidades - e da região de Bagé - mesmo com o apoio de projetos e das gamas já referidas, estão sendo vulnerabilizados pelos custos de vida, sobretudo da moradia que aumentaram, devido a ampliação da Unipampa, da Usina de Candiota e dos quartés militares.

Objetivos
Objetivo geral: Garantir uma estadia digna para os estudantes, que assegure seus direitos fundamentais em conjunto com uma amplitude de relações com a comunidade da região de Bagé em contínuo modelo de integração real universidade-comunidade.

Uma moradia estudantil e centro comunitário anexo, institucionalizados e mantidos totalmente pelos cofres públicos, apartir da destinação de um imóvel desocupado urbano de posse da União, do estado ou do município. Com a gestão da moradia estudantil feita pelos próprios estudantes da Unipampa moradores, organizados por regimento próprio e em órgão colegiado; e com a gestão do centro comunitário anexo feita pelos estudantes da Unipampa moradores e não-moradores e pelos usuários – qualquer cidadão - do centro, também em órgão colegiado. Sua localização será externa ao Campus, próxima a região periférica do futuro em bairro habitacional.

Sua institucionalização se dará na observação das peculiaridades de Bagé e região e ao mesmo tempo com a observação do aspecto multicampi da Unipampa. O que significa que tal moradia estudantil e centro comunitário anexo terão possível extensão aos outros Campus, se também observadas as suas peculiaridades, e também será absorvido ao projeto as políticas gerais da estrutura multicampi.

Objetivos Específicos:
Oferecer estrutura física e intelectual para a formação do estudante visando a sua integração social e permanência estável na sua formação.
Reunir em uma mesma localidade, todos os eixos fundamentais para o exercício da cidadania do estudante e da comunidade local: moradia, trabalho, alimentação, comunicação, lazer, cultura, esporte, meio ambiente, memória social.
Fazer como prática cotidiana a universidade integrar-se com a comunidade da região de Bagé, articulando os saberes da população local com os saberes acadêmicos.
Promover a difusão de manifestações culturais diversas em uma perspectiva que valorize a cultura local e também a pluriculturalidade.
Difundir a solidariedade como alternativa real para a sociedade, por meio da autogestão e cooperação entre os diversos espaços em todos os âmbitos.

Justificativa
Com o processo seletivo nacional ENEM-SISU, quem não conseguiu entrar numa universidade ou não havia um curso ao qual pleiteava na sua região, migrou para outras, sobretudo para as universidades novas como a Unipampa.

Porém, o que por um lado garante o acesso mais amplo, por outro se vê que não se tem estrutura para o exercício pleno das atividades, mesmo com a Bolsa Permanência e com o planejamento de mudança para o futuro Campus.

O que justifica a insuficiência é a inflação imobiliária na cidade de Bagé como constatou no início do ano o Jornal Minuano, de circulação regional, no dia 27 de fevereiro, colocando que “Preço dos aluguéis sobe e dificulta ainda mais a procura por imóveis”. Reportagem essa feita no começo do ano letivo quando era alta a procura por imóveis sobretudo por parte dos recém-matriculados na Unipampa, que vieram de outras cidades ou outros estados.

No dia 7 de abril de 2010 circula no Portal da Unipampa a seguinte notícia: “Alternativas de moradia e expansão da Universidade em pauta na reunião da Azonasul”, onde a Exma. Dr. Maria Beatriz Luce, reitora pró-tempore da Unipampa, faz afirma: “A moradia com família integra, ainda, os alunos à comunidade; uma casa do estudante no campus acabaria por isolar esses estudantes da realidade local”. O texto e contexto onde está inserida sua afirmação é: “Ao explanar sobre a movimentação econômica que a busca por moradia dos novos alunos
proporciona às cidades, a reitora da UNIPAMPA, Maria Beatriz Luce, comentou a importância do incentivo e do trabalho dos assistentes sociais da Instituição ao encaminharem os alunos para moradia com famílias locais que queiram alugar quartos e receber os estudantes. Com essa alternativa de instalação, os recursos do auxílio estudantil fornecido pelo governo federal seguem diretamente para a economia local. ‘A moradia com família integra, ainda, os alunos à comunidade; uma casa do estudante no campus acabaria por isolar esses estudantes da
realidade loca’”, ressaltou.”

Em contrapartida, por iniciativa dos estudantes é iniciado um processo de discussão sobre tal assunto e de mobilização.

As mesmas motivações no discurso da Exma. Prof. Maria Beatriz Luce estão contempladas no presente projeto de contrapartida. Uma Casa do Estudante Universitário com Centro de Cultura Social anexo, externos ao Campus e junto à um bairro populacional, faria a relação universidade-comunidade colocada pela reitora.

E em seu processo de institucionalização, para ser acelerado e cumprindo mais uma função social, será pela reativação de imóvel público urbano desocupado, cujos quais, segundo o Estatuto das Cidades, Lei Federal 10.257/2001, tais imóveis devem cumprir primeiramente a sua função social. Ou seja, não podem permanecer fechados, pois acarretam custos para toda a sociedade.

O presente projeto que sublinha a moradia estudantil como alternativa está amplamente respaldado juridicamente nessa especificidade, citando:
“(...) dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação(art 30, II da Lei 4.024/61) é plenamente recepcionado pela Constituição de 1988, que consagra a educação como dever do Estado e da família (art.205, ‘caput’) e tem como princípio a igualdade de condições de acesso e permanência na escola (art.206), aspecto sempre posto em relevo pelo escolanovismo em sua defesa de assistência estudantil.

Há educadores que reputam-na como integrante da gratuidade do ensino, princípio contido no art. 206, IV, da Carta Magna. José Afono da Silva assinala (Curso de Direito Constitucional Positivo, 8ªedição revista Malheiros Ed 1992, São Paulo, p. 280) ‘a norma, assim explicitada - ‘A educação, direito de todos e dever do estado e da família...(arts.205 e 227), significa em primeiro lugar, que o Estado tem que aparelhar-se para fornecer, a todos, os serviços educacionais, isto é, oferecer ensino, de acordo com os princípios estatuídos na constituição (art. 206); que ele tem que ampliar cada vez mais as possibilidades de que todos venham a exercer igualmente esse direito; e, em segundo lugar, que todas as normas da Constituição, sobre educação e ensino, irão de ser interpretadas em função daquela declaração e no sentido de sua plena e efetiva realização.’(grifos nosso).

Do que, conclui-se que a formulação de uma política de assistência estudantil ou mais especificamente de moradia estudantil, está amplamente respaldada na Constituição.

Observa-se, em consequência que a enumeração das garantias de cumprimento do dever do Estado, no que atine à Educação, disposta no art. 208 da Constituição, é meramente exemplificada, não exonerado o Poder Público de cumprir obrigações decorrentes de outros dispositivos e princípios constitucionais.”

Estes fragmentos foram extraídos do trabalho "Moradia estudantil: um direito conquistado na Luta", da acadêmica Fátima Nascimento do curso de Serviço Social, apresentado na disciplina Serviço Social e Movimentos Sociais, 2002, da Universidade Federal de Santa Catarina e grifados pelo site da moradia estudantil da mesma universidade.

A Casa do Estudante Universitário neste projeto só é compreendida conceitualmente para ser institucionalizada se anexado um Centro de Cultura Social.

Na publicação “I Encontro Nacional de Alfabetização e Cultura Popular”, da Coleção Educação para Todos, feita em 2009 pelo Ministério da Educação, é remontado através de documentações diversas os acontecimentos do I Encontro Nacional de Alfabetização e Cultura Popular ocorrido em 1963, no Recife, onde se articularam organizações de todo o Brasil. As organizações presentes eram em grande parte os Centros de Cultura Popular ou Social, entidades essas formadas por estudantes e comunidade acadêmica que em espaços comunitários - sobretudo periféricos - faziam intercâmbio entre os conhecimentos populares e universitários, além de atividades culturais, de trabalho e educação.

Em resgatar essa relação histórica entre universidade-comunidade, o presente projeto a tem como referência.

Em tal intercãmbio nessa relação universidade-comunidade, um estudante de Engenharia de Computação à exemplo, seria beneficiado em sua formação com um subprojeto acadêmico dentro do espaço do Centro de Cultura Social, de democratização da internet; a comunidade do bairro populacional seria beneficiada com um espaço onde poderia ter acesso gratuíto à internet.

Por considerações finais, este projeto tem origem em ampla discussão ao logo do corrente ano de 2010, com sólidos argumentos jurídicos e culturais que visa a formação progressiva material e imaterial da Universidade Federal do Pampa de acordo com os seus princípios fundamentais cristalizados em seu Regimento Geral (resolução nº 5 de Junho de 2010 do Conselho Universitário da Universidade Federal do Pampa):

(...) art.6º. A UNIPAMPA é regida pelos seguintes princípios:
I. formação e produção do conhecimento orientadas pelo compromisso com o desenvolvimento regional e a construção de uma sociedade justa e democrática;
II. equidade no acesso e na continuidade dos estudos;
III. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
IV. universalidade de conhecimentos, valorizando os saberes e práticas locais regionais;
V. pluralismo de ideias e concepções acadêmico-científicas;
VI. gratuidade do ensino nos cursos de graduação, mestrado e doutorado;
VII. democracia e transparência na gestão;
VIII. garantia do padrão de qualidade;
IX. indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.”



________________________________________________________________
Representante discente do Campus Bagé da Universidade Federal do Pampa.

___________,________________________ .



Enviado por uma das representantes da SENCE Regional Sul
Danilo, UFS
Sencenne coord nacional
Sence coord finanças

EM DEFESA DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Assistência Estudantil não é Favor, É DIREITO! E por isso Lutaremos!

Quando falamos em democratização da educação, falamos da luta pelo acesso do povo à universidade pública brasileira, um direito nosso, que ainda precisamos avançar bastante, pois a grande maioria da juventude encontra-se fora do ensino superior. Para ter uma idéia: apenas 10% da juventude tem acesso ao ensino superior.
Porém, não basta somente garantir o acesso, é necessário garantir a permanência dos estudantes de origem popular na universidade até a conclusão do seu curso, evitando assim uma possível evasão – Na UFS, os índices de evasão são altíssimos, chegando a 40% em Itabaiana. Por isso a Assistência Estudantil é fundamental para que os estudantes tenham condições adequadas para se manterem dignamente estudando.
Na UFS os programas de assistência estudantil mais relevante como o de residência universitária e de bolsa trabalho, passam por sérias dificuldades. No Programa de Residência, os maiores problemas se encontram no modelo de residência fragmentado que obriga o estudante a tomar para si uma serie de responsabilidades, que deveriam ser assumidas pela universidade. Sem falar é claro, na carência em que se oferecem recursos básicos como alimentação, transporte e saúde. Já o programa de Bolsa Trabalho tem hoje o seu caráter desvirtuado, obrigando o bolsista a prestar 20h semanas de serviço à universidade, sem direito a férias, realizando um trabalho de um funcionário.
Por isso propomos: Mudança da Bolsa Trabalho para Bolsa Permanência, Direito a Férias aos Bolsistas, Aumento do Número de Vagas e do Valor da atual Bolsa Trabalho.
Outro ponto central para Assistência Estudantil é o Restaurante Universitário, que no ano passado corria sérios riscos de ser privatizado, consequentimente com aumento do preço da refeição. Mas, com a luta dos(as) estudantes que compõem o Fórum de Mobilização Estudantil conseguimos um posicionamento de compromisso da reitoria que o RESUN não seria privatizado, não aumentaria de preço e seria ampliado e reformado, porém esse último ponto ainda não foi realizado. Temos como implicações disso as filas “quilométricas” no RESUN, reflexo da falta de estrutura para atender a atual demanda.
Por isso propomos: Ampliação do Restaurante Universitário; Contratação de Funcionários por Concursos Públicos; e Construção de Restaurantes Universitários com preço a R$1,00 em todos os Campi.
Precisamos avançar na promoção de políticas de Assistência Estudantil, pois é condição fundamental para a democratização da educação e construção de uma universidade popular.
O CONSELHO DE BOLSISTA TRABALHO DA UFS DESSA LUTA NÃO SE RETIRA MESMO!!!

Manifesta lançado pelo Conselho de Bolsistas da UFS e Conselho de Residentes da UFS durante eleições do DCE UFS na qual compunham uma das chapas.
Danilo, UFS
sence coord finanças

Moção de apoio à criação da Casa de Estudantes Bagé. UNIPAMPA

SECRETARIA NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTE – SENCE

16 de novembro de 2010.


MOÇÃO DE APOIO

NÓS, representantes da Secretaria Nacional de Casas de Estudantes e da Regional Sul, juntamente com os demais moradores de Casas de Estudantes, vimos por meio desta, apresentar TOTAL apoio ao Projeto da Casa de Estudante Universitário e do Centro de Cultura Social da Universidade Federal do Pampa/UNIPAMPA – Campus Bagé. Salientamos a importância da manifestação estudantil, garantindo a necessidade de moradia, bem como, trazer à tona, a discussão a cerca da ASSISTENCIA ESTUDANTIL enquanto direito e não como uma prática assistencialista do Estado.
O engajamento estudantil é de fundamental importância para alcançarmos as verdadeiras mudanças no sistema de ensino brasileiro, na construção de uma Universidade verdadeiramente Pública, Popular e de Qualidade e, junto com isso, a verdadeira transformação da sociedade em que vivemos.
Que o exemplo de vocês sirva como impulsionador de reivindicações para os outros Campi da UNIPAMPA, bem como para as demais Universidade Estatais que ainda não dispõe de Programas de Assistência Estudantil.


FORÇA E LUTA!
Secretaria Nacional de Casas de Estudantes - BRASIL
Representantes da SENCE – Regional SUL

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CEU está em reforma há mais de dois anos

http://ceu-pr.blogspot.com/2010/11/ceu-esta-em-reforma-ha-mais-de-dois.html#more

Restauro, que custou R$ 4,9 milhões, deveria ter sido concluído há um ano. Prefeitura estabeleceu condições para a continuidade do contrato de licitação

No site da Fundação Casa do Estudante Universitário (CEU), um contador anuncia: há 856 dias em reforma. Desde março de 2007, quando a fundação particular se tornou Unidade de Interesse Especial de Pre servação de Curitiba, os trâmites da reforma, paga pela prefeitura, se desenrolam. O contrato inicial, assinado em junho de 2007, previa 12 meses para o fim da obra. Em agosto, dois anos depois do início, apenas o primeiro lado da casa foi finalizado e entregue. O segundo permanece fechado. Ao todo, a reforma custou ao município R$ 4,9 milhões, provenientes da venda de potencial construtivo.

“A placa que anunciava o prazo inicial caiu de podre”, reclama o presidente do Conselho Administrativo (CA) da Casa, Antônio Marcus dos Santos, estudante de Filosofia da Universidade Federal do Paraná. Segundo ele, os moradores já receberam uma série de desculpas formais sobre o atraso.

A prefeitura, por meio de sua assessoria, informa que o prazo sofreu mudanças devido a imprevistos da obra, como a recuperação da estrutura metálica. Em março, um processo para acréscimo de verba na licitação da empresa Projeto Urbano, responsável pela obra, também atrasou o cronograma. O Ministério Público, através da Promotoria de Justiça das Fundações e do Terceiro Setor, acompanha o caso e encaminhou ofícios para os responsáveis cobrando uma posição.

Na semana passada, o secretário municipal de Obras Públicas, Mario Tookuni, e o diretor do Departamento de Edificações, Hirotoshi Tami nato, se reuniram com responsáveis pela empresa e estabeleceram condições para continuidade do contrato de licitação. São duas as demandas principais: aumento do número de funcionários na obra, de 15 para 50, e estabelecimento de prazo final. A empresa tem até amanhã para se adequar. Do contrário, segundo a assessoria da prefeitura, corre o risco de uma rescisão unilateral do contrato, seguida de abertura de nova licitação para conclusão da obra. O diretor da Projeto Urbano, Nelson Maciel, adianta que já foram contratados novos funcionários e que até terça-feira a demanda será atendida. Além disso, afirma, um pedido de prorrogação de prazo para março já está em análise na prefeitura.

“Temos receio em caso de troca da empreiteira, pelos erros que ficaram na parte já finalizada da obra”, diz Marcus. Os estudantes relatam problemas de nivelamento, mofo, pintura descascada, entupimentos e infiltrações na parte já finalizada. Maciel afirma que a manutenção está em processo. “Ajus tes serão feitos durante a obra e posteriormente. Temos responsabilidade sobre o serviço executado”, diz. Moradores também reclamam da falta de preocupação com a parte de restauro do edifício, considerado unidade de preservação. Se gundo a presidência da CEU, pias e portas originais foram substituídas, e houve descaso com um vitral e um mural da edificação. Maciel afirma que, num imóvel que não é reformado há mais de 60 anos, fica difícil restaurar tudo. “Existe previsão no contrato de recuperar o que é possível”, conta. Segundo ele, alguns materiais, como as portas de madeira maciça e janelas, não estão mais disponíveis no mercado.

“O cronograma já está sendo desrespeitado há bastante tempo e o prejuízo é grande para a Casa: na metade que está sendo reformada não pode morar ninguém e a arrecadação cai”, acrescenta o promotor de justiça do Patrimônio Público, Edson Luiz Peters, ex-curador da fundação. Desde o início da reforma, a capacidade da casa diminuiu pela metade: hoje são 170 moradores de diversas universidades; 100 de um convênio com a UFPR. Com o fim da reforma, a CEU poderá abrigar até 430 estudantes. A queda na circulação de dinheiro resulta numa série de dificuldades para o funcionamento da casa e as dívidas se acumulam.

Entidade deve R$ 1,5 milhão

Atualmente, a Casa do Estu dante Universitário do Paraná (CEU) acumula dívidas de aproximadamente R$ 1,5 milhão, entre pendências com o INSS, processos trabalhistas e IPTU. Para tentar pagar o montante, a CEU decidiu vender terrenos que não são mais utilizados. Um deles, com problemas de ocupação ir re gular, é avaliado em R$ 3 mi lhões. Com o dinheiro da venda, a CEU pretende quitar todas as dívidas da casa. “A partir disso, podemos estudar a possibilidade de um administrador profissional para a CEU”, afirma a promotora de justiça Maria Natalina Nogueira de Magalhães Santarosa, atual curadora de Fundações do Ministério Público.

Em dois anos, a casa teve quatro gestões de Conselho Ad ministrativo (CA). Em 2009, o MP realizou um relatório de irregularidades que mostrou problemas na prestação de contas, com gastos em corridas de táxi, abastecimento de carros particulares e compra de bebidas. No processo, duas gestões foram exoneradas pelo Conselho Curador da CEU. “O problema já é antigo, data do fim dos anos 70”, diz Antônio Marcus dos Santos, atual presidente do CA. Maria Natalina concorda e acrescenta que hoje há esforço para transformar a residência. Segundo ela, atitudes primárias, como a retirada de moradores não estudantes da casa e o ressarcimento das despesas indevidas das últimas gestões, já foram tomadas.

Segundo a promotora, o maior problema da administração é a rotatividade dos estudantes. Além disso, eles costumam assumir outras obrigações, que incluem empregos e estágio. “Uma mentalidade individualista tomou conta e ninguém mais doa o tempo necessário para fazer uma gestão qualificada”, diz o promotor de justiça do Patrimônio Público, Edson Luiz Peters, ex-curador da fundação. Ele acrescenta que hoje as dificuldades da administração pública são bem maiores. “Quem não sabe fazer projetos adequados não consegue recursos públi cos”, afirma.

A nova gestão já discute a contratação de um escritório administrativo. “Precisamos de alguém que conheça as especificidades da CEU e saiba desenvolver projetos para conseguir verbas em editais ligados à educação”, diz o vice-presidente do CA, Fábio Dondoni. Promoção cultural está nos novos horizontes da CEU, que pretende realizar revisão de seu estatuto para inclusão de outras finalidades, além de acesso à moradia. Também está em pauta a discussão de tornar a casa mista, adaptando-a à nova realidade estudantil do Brasil, com mais mulheres nas salas de aula.

Manuela Salazar
Fonte: Gazeta do Povo

http://ceu-pr.blogspot.com/

Enviado por Anselmo (CEU-UFPR)
danilo, ufs
sencenne coord nacional / sence finanças

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