Da Redação - Lucas Bólico
O que era para ser um dia de festa, pelo menos para uma das três chapas que concorrem ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), se tornou um dia para ser esquecido. Hoje, 24 de novembro, foi escolhido pela Comissão Eleitoral para ser o dia da votação para entidade de representação estudantil dentro da universidade.
As urnas foram abertas pela manhã, e não tardou para a confusão começar. Após denúncias de agressão entre os concorrentes e violação de urnas, não sobrou outra alternativa a não ser cancelar a eleição.
O tumulto começou já pela manhã, no Instituto de Linguagens (IL), quando representantes da chapa 3 (Inove) começaram a questionar a idoneidade do processo eleitoral. As insinuações ocorreram pelo fato de as cédulas de votação serem da mesma cor da chapa 2 (Ousar Lutar quando a Regra é se Vender), além disso as urnas só foram abertas por volta das 9h da manhã, o que teria prejudicado a chapa 3, segundo alguns membros.
Para Adoniran Judson, coordenador geral do Inove, vários colegas de curso que votariam no grupo político dele já tinham ido embora.
Indignado, Adoniran, querendo deslegitimar a eleição, tomou a urna dos mesários e a confusão começou. Após gritos e empurra-empurra, a urna foi rasgada e os votos caíram no chão. O bate-boca continuou até Adoniran se retirar do local. Mais tarde, segundo membros da Comissão Eleitoral, outras urnas foram atacadas.
A chapa 1 se juntou à chapa 3 para deslegitimar a eleição. Mário Pinto de Arruda Junior, membro da chapa 1, diz que a eleição não teve imparcialidade. Segundo ele, os membros da Comissão Eleitoral são do mesmo grupo político da chapa 2, o Movimento Rumo ao Socialismo (MRS).
Otávio Pedroso é membro da Comissão Eleitoral. Ele explica que o fato da coloração da cédula para a votação ser da mesma cor (laranja) da chapa 2, se deve a um erro técnico. “As cédulas eram verdes, quando foram enviados para a gráfica, foram imprimidas da cor laranja, por erro de configuração”.
Quanto à demora para a abertura das urnas, segundo ele, o problema foi de logística, eram apenas quatro estudantes para abrir as urnas em toda a UFMT.
Jaqueline Stevanato, coordenadora geral da chapa 2, explica que a atitude das correntes rivais era tumultuar o processo. Ela conta que ninguém teve acesso às cédulas antes da abertura das urnas. Ela ainda defende que poderia pedir a impugnação das chapas que tumultuaram o processo eleitoral, mas acredita que isso pode deslegitimar a eleição. “Esta hipótese já foi descartada”.
Para remarcar a data da eleição, a Comissão Eleitoral deverá convocar um Conselho de Entidade de Base (CEB), formado com todos os Centros Acadêmicos da universidade.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Eleições do DCE da UFMT são canceladas após violação de urnas
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Sence
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