Quando tratamos de “Casa do Estudante Universitário” é importante não perdermos de vista o seu objetivo: dar condições para que os estudantes possam desenvolver seus estudos. Isso significa que a moradia é um direito garantido por lei, mas como toda a assistência estudantil ela é tida como secundária e tratada de forma superficial pelos gestores da Universidade. Nesse sentido, o que deveria ser direito de todos é convertido em condições para alguns, o que resulta em grande evasão por parte daqueles que necessitam desse direito e não tem acesso a ele.
Assim, a Universidade se torna cada vez mais exclusiva e servindo como palco de interesses privados.A quantidade de vagas que a CEU da UFSC oferece atualmente é insuficiente (são apenas 153 vagas para mais de 20 mil graduandos). Com o anúncio da construção de um novo módulo da moradia pensamos que teríamos um aumento significativo nas vagas, mas nos enganamos. Mesmo com um projeto de ampliação para a moradia continuaremos com poucas vagas, pois o REUNI prevê a abertura de novos cursos na Universidade e novas vagas para estudantes mesmo sem ter a mínima estrutura para isso. O aumento significativo de 50% das vagas na Universidade deveria resultar proporcionalmente em medidas para que esses estudantes também fossem incluídos em todas as políticas de Assistência Estudantil. Além disso, essa necessidade se torna ainda mais urgente quando as Ações Afirmativas, que tem o objetivo de inserir os jovens de origem pobre na Universidade, começam a ser implantadas. Para que ações como essas cumpram de fato o seu objetivo não basta dar acesso, mas garantir que esses estudantes possam permanecer na Universidade e concluir com qualidade seus estudos.
Além disso, como todas as outras medidas do Projeto de Reestruturação das Universidades (REUNI), o novo projeto do prédio foi elaborado sem a participação estudantil, ou seja, nos impediram de participar da administração do dinheiro público que foi destinado a nós estudantes.
Graças à intervenção dos moradores da CEU juntamente com a antiga gestão do DCE (Educação não é Mercadoria) e com a nova gestão (Boas Novas), atualmente a construção do novo módulo está embargada pelo Ministério Público Federal. Os estudantes tomaram essa atitude após terem acesso ao novo projeto (disponibilizado somente poucos dias antes de encerrar a licitação), assim puderam observar que, além de persistir nos erros do prédio atual (quartos superlotados que não consideram a individualidade dos estudantes e sem nenhuma estrutura para a convivência dos moradores), o projeto não respeita normas de acessibilidade às pessoas com deficiência.
Com o embargo da obra os estudantes conseguiram um tempo a mais para elaborar suas propostas e contam agora com a ajuda de professores do Departamento de Arquitetura, do Ateliê Modelo de Arquitetura ( AMA), de entidades estudantis e do próprio Ministério Público Federal que está intervindo junto a Reitoria da UFSC para levar nossas reivindicações. Mesmo assim, o posicionamento da Reitoria tem sido apenas adaptações do projeto, e não o cumprimento da Lei da acessibilidade. Deste modo, persistem em construir o prédio sem considerar os critérios do Desenho Universal, conquistados com muita luta do movimento das pessoas com deficiência.
O momento é de intenso debate sobre o futuro da CEU da UFSC. Portanto, a participação de toda a comunidade nesse debate é fundamental para darmos um passo rumo à democratização do acesso e permanência dos estudantes.
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danilo, feop/se
sencenne sec genero
Além disso, como todas as outras medidas do Projeto de Reestruturação das Universidades (REUNI), o novo projeto do prédio foi elaborado sem a participação estudantil, ou seja, nos impediram de participar da administração do dinheiro público que foi destinado a nós estudantes.
Graças à intervenção dos moradores da CEU juntamente com a antiga gestão do DCE (Educação não é Mercadoria) e com a nova gestão (Boas Novas), atualmente a construção do novo módulo está embargada pelo Ministério Público Federal. Os estudantes tomaram essa atitude após terem acesso ao novo projeto (disponibilizado somente poucos dias antes de encerrar a licitação), assim puderam observar que, além de persistir nos erros do prédio atual (quartos superlotados que não consideram a individualidade dos estudantes e sem nenhuma estrutura para a convivência dos moradores), o projeto não respeita normas de acessibilidade às pessoas com deficiência.
Com o embargo da obra os estudantes conseguiram um tempo a mais para elaborar suas propostas e contam agora com a ajuda de professores do Departamento de Arquitetura, do Ateliê Modelo de Arquitetura ( AMA), de entidades estudantis e do próprio Ministério Público Federal que está intervindo junto a Reitoria da UFSC para levar nossas reivindicações. Mesmo assim, o posicionamento da Reitoria tem sido apenas adaptações do projeto, e não o cumprimento da Lei da acessibilidade. Deste modo, persistem em construir o prédio sem considerar os critérios do Desenho Universal, conquistados com muita luta do movimento das pessoas com deficiência.
O momento é de intenso debate sobre o futuro da CEU da UFSC. Portanto, a participação de toda a comunidade nesse debate é fundamental para darmos um passo rumo à democratização do acesso e permanência dos estudantes.
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