terça-feira, 5 de maio de 2009

Unicamp - Repasse para a moradia é de 30% a menos do que alegava a administração

1 de maio de 2009

Quando questionada pelos estudantes, a administração alegava que o repasse para a moradia era de R$ 140 mil, porém, com a publicação do orçamento, ficou claro que a reitoria investe bem menos do que deveria.

Depois de mais de cinco anos, a administração finalmente apresenta o orçamento da Moradia da Unicamp.

Ainda que seja apenas parcial, os números já relevam o desinteresse da reitoria e os gastos abusivos com empresas terceirizadas, sem resolver os principais problemas das casas.

O que chama a atenção é que mais da metade dos gastos foi com telefonemas de celular e combustível para automóveis, justamente no momento em que grande parte das casas ameaça cair.

Somente com combustível foram gastos mais de R$ 3 mil. Quando questionada a administração alegou que os gastos com combustíveis se referem a entrega de pacotes no campus (que fica a menos de 3km da moradia) e a compra de marmitas para o almoço dos funcionários, outro valor próximo a esse, foram dedicados a lubrificantes e outros gastos com automóveis, para apenas um carro. É de se estranhar que a verba para alimentação de funcionários terceirizados e a entrega de malotes saia do orçamento de manutenção da moradia, quando o carro utilizado pertence à reitoria e a empresa contratada deveria garantir a alimentação.

Já com telefonemas de celular, foram gastos cerca de R$ 17 mil, 18% da verba total da moradia. Segundo a administração, gastos de apenas um funcionário que “abusou” e teria sido dispensado. Ou seja, não houve qualquer fiscalização dos gastos por todo o período, ao mesmo tempo, a burocracia universitária tenta, novamente colocar a culpa no elo mais fraco, quando não são os estudantes, são os funcionários.

Enquanto a administração utilizava metade da verba para manutenção em combustível e telefonemas, a burocracia universitária colocava em prática o plano para redução da cota de energia das casas, provocando um ataque moral aos moradores alegando que estavam desperdiçando verba pública com banhos longos.

Aparece ainda no orçamento parcial, R$ 40 mil com empresas terceirizadas de jardinagem e limpeza.

Gastos a mais e investimentos de menos
Depois de demonstrados que mais da metade da verba da Moradia estão sendo destinadas a produtos que definitivamente não interessam aos moradores, tão pouco contribui para que as casas deixem de oferecer riscos a toda comunidade da Moradia, o final do orçamento revela que a reitoria não investe o mínimo necessário para manter o auxílio estudantil.

Apesar do ex-reitor Jorge Tadeu alegar que houve um investimento de R$ 80 milhões em assistência estudantil, a verba orçamentária para a moradia no período de 2007 e 2008 não ultrapassou R$ 95 mil, que, se fossem divididos igualitariamente pelos 24 meses do período, não ultrapassariam R$ 4 mil, valor bem abaixo do que o que foi gasto com telefonemas, por exemplo.

Ao mesmo tempo, a administração alegava oral e informalmente nas reuniões do Conselho Deliberativo, que a reitoria repassava cerca de R$ 140 mil, valor bem acima do que o apresentado no documento.

Apesar dos moradores insistirem na apresentação do balancete nos últimos cinco anos, somente agora puderam confirmar que a Moradia está em completa situação de abandono.

A verba destinada à Moradia deve ser de uso exclusivo aos moradores, ou seja, garantir a mínima manutenção das casas, compras de almoxarifado, bens que equipem os projetos e melhorem a qualidade de vida dos moradores e as condições de trabalho dos funcionários, que, até quatro anos atrás, eram obrigados a se alojarem em pequenas casas de tapume, situação pior que a de um cortiço.

Enquanto a burocracia gasta com telefonemas, acordos com empresas terceirizadas, combustível e etc, os moradores são obrigados a morar entre entulhos, ratos e insetos.

A situação está insustentável, é preciso que os moradores se organizem no sentido de ir contra esta política de sucateamento da moradia, que tem como principal objetivo, acabar com a moradia em nome de um lobby com imobiliárias, querem substituir o auxílio moradia pelas chamadas bolsas-aluguel.

Os dados revelam que a burocracia universitária é incapaz de administrar a moradia, que são insensíveis as necessidades dos moradores, que, enfim, está na ordem do dia uma completa mudança na estrutura administrativa da moradia.

Os únicos interessados, capazes de garantir que a verba seja destinada às prioridades dos moradores, são os próprios moradores.

http://www.pco. org.br/conoticia s/ler_materia. php?mat=14052

Rety

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Enviado por Renata Ragazzo

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